quinta-feira, 18 de novembro de 2021

Yu-Gi-Oh! Millennium Duels – Uma experiência legal de um jogo ruim

 Yu-Gi-Oh! Millennium Duels – Uma experiência legal de um jogo ruim:


Millennium Duels foi lançado em Março/Abril de 2014 para PS3 e X-Box 360, foi produzido pela “Other Ocean Interactive” e é tecnicamente a sequencia do jogo “Yu-Gi-Oh! 5D's Decade Duels Plus”, inclusive compartilha dos DLCs deste ultimo.

Esse jogo já era considerado “desinteressante/ruim” em sua época de lançamento mesmo pelos seguintes motivos:

1 – As cartas mais famosas e fortes são DLCs: É fã do Mago Negro, Dragão Branco de Olhos Azuis, Dragão Negro de Olhos Vermelhos, Mago do Tempo, etc...? Nem compre esse jogo, essas e muitas outras cartas só são obtidas através de compras de Packs de DLC, que inclusive, entregam cartas aleatórias, você não terá certeza qual carta você ganhará quando comprar o Pack.

2 – Não possui coisas a mais: Não possui dublagem e nem diálogos pros personagens, não possui animação para nenhuma carta, principalmente pros monstros e não possui historia, digo, até tem uma historia, mas é tão “vazia” que você nem nota ela.

3 – Não é possível editar o Deck dos oponentes: Os decks dos personagens neste jogo são muito bons em minha opinião (que inclusive falarei mais sobre isso nos pontos positivos), mas não deixar o jogador criar decks para nós mesmos enfrentarmos conforme ganhamos mais cartas, limita a diversão e deixa as coisas “entediantes ou repetitivas” depois de um tempo.

4 – Reutiliza musicas e imagens da série Tag Force: Reutilizar musicas e imagens em si não é ruim, “The Duelists of the Roses” reutiliza e remasteriza musicas dos jogos de GBA e mesmo assim tem uma das, se não a melhor, trilha sonora da franquia nos jogos, mas eles escolheram as musicas mais normais, fracas da série Tag Force para utilizar aqui, fora que não utilizaram a imagem do Judai/Jaden da 4º Temporada do anime, que seria a do Tag Force 3, deixando o personagem desatualizado, como exemplo de não pegarem a melhor imagem pro jogo também.

Sabendo disso e na época tendo acesso a simuladores como “YGOPRO” e outros jogos oficiais melhores feitos, é difícil que um fã tenha interesse nesse jogo, mas eu comprei ele, joguei e tive uma experiência até que agradável com ele, seguindo uma certa visão que percebe durante a jogatina, que seria a seguinte:

O jogador é um personagem original do jogo e possui um deck inicial “comum”, mas efetivo para o jogo, não possui cartas muitos famosas ou associadas a nenhum personagem da franquia e... isso é interessante!

O Personagem Original do Jogador

Diferente de Pokémon, por exemplo, onde por mais que associemos Pikachu com o Ash/Satoshi, que todo Meowth é igual o da Equipe Rocket, naquele universo, existem milhares de Pikachus, Charizards, Meowth, etc... Inclusive no próprio anime é mostrado um Meowth do personagem Tyson vencendo o Pikachu de Ash como sendo um Pokémon muito forte e habilidoso, diferente do da Equipe Rocket, porém o meu ponto é que em Yu-Gi-Oh!, as cartas não são tão comuns assim, o Dragão Branco de Olhos Azuis é dito como tendo apenas 4 copias no mundo, sendo 3 de Seto Kaiba e uma de Sugoroku Mutou, que foi rasgada por Kaiba, somente Yugi utiliza o Mago Negro (O Personagem Pandora utiliza uma copia falsa), o Dragão Negro de Olhos Vermelhos, Dragão Bebê e Mago do Tempo são cartas do Jonouchi (GX meio que ignora isso com o Dragão Negro, mas eles fizeram uma copia do Rá, então é meio estranho como o estúdio NAS tratou aquele mundo, mas tudo bem...) e por isso o jogador ter um deck “único” dá uma certa identidade pra nós como “personagem” que nos diferencia dos personagens da franquia.

Esse deck, além de ser único para nós, e a limitação de não termos as cartas mais famosas e fortes, também ajudam a deixar “aceitável” a dificuldade em enfrentarmos os decks dos personagens do anime, por que não teria muita graça se utilizássemos um deck meta contra o Yami Yugi, pois ele seria derrotado muito rapidamente e isso nós leva ao próximo ponto interessante que eu inclusive citei nos pontos negativos, que é:

Os decks dos personagens: Esse é um dos jogos em que os decks criados para os personagens me agradam mais, pois me passam muito a ideia de que estou realmente enfrentando o Yami Yugi, Seto Kaiba, Jounochi, Pegasus, Etc... Não só por que foram montados utilizando grande parte de suas cartas no anime/mangá, mas também pelo fato de nosso deck estar extremamente limitado pelos DLCs e pela Banlist da época, que possibilita a CPU utilizar esses decks e ainda sim eles serem “desafiadores”.

E é basicamente essa a experiência que me fez “gostar” deste jogo, a ideia de eu ter um deck “próprio” e poder enfrentar uma simulação dos personagens do anime/mangá onde sinto a impressão de enfrentar os próprios personagens, ignorando os erros da CPU (risos), mesmo que acompanhado de várias limitações pro jogador. É uma experiência muito especifica e dificilmente agrada muita gente, eu mesmo prefiro ter todas as cartas acessíveis sem a necessidade de utilizar dinheiro real para obtê-las e criar qualquer deck que eu quiser, fora a trilha sonora, diálogos, historia, etc... mas não posso dizer que não tive uma experiência “legal” no meio de tanta “preguiça” que foi feita neste jogo.

Recomendo o jogo? Nenhum pouco, é melhor que você compre o Legacy of the Duelist: Link Evolution dos jogos mais atuais para se divertir.

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