Yu-Gi-Oh! Millennium Duels – Uma experiência legal de um jogo ruim:
Millennium Duels foi lançado em Março/Abril de 2014 para PS3
e X-Box 360, foi produzido pela “Other Ocean Interactive” e é tecnicamente a
sequencia do jogo “Yu-Gi-Oh! 5D's Decade Duels Plus”, inclusive compartilha dos
DLCs deste ultimo.
Esse jogo já era considerado “desinteressante/ruim” em sua
época de lançamento mesmo pelos seguintes motivos:
1 – As cartas mais famosas e fortes são DLCs: É fã do Mago
Negro, Dragão Branco de Olhos Azuis, Dragão Negro de Olhos Vermelhos, Mago do
Tempo, etc...? Nem compre esse jogo, essas e muitas outras cartas só são
obtidas através de compras de Packs de DLC, que inclusive, entregam cartas
aleatórias, você não terá certeza qual carta você ganhará quando comprar o
Pack.
2 – Não possui coisas a mais: Não possui dublagem e nem
diálogos pros personagens, não possui animação para nenhuma carta,
principalmente pros monstros e não possui historia, digo, até tem uma historia,
mas é tão “vazia” que você nem nota ela.
3 – Não é possível editar o Deck dos oponentes: Os decks dos
personagens neste jogo são muito bons em minha opinião (que inclusive falarei
mais sobre isso nos pontos positivos), mas não deixar o jogador criar decks
para nós mesmos enfrentarmos conforme ganhamos mais cartas, limita a diversão e
deixa as coisas “entediantes ou repetitivas” depois de um tempo.
4 – Reutiliza musicas e imagens da série Tag Force: Reutilizar
musicas e imagens em si não é ruim, “The Duelists of the Roses” reutiliza e
remasteriza musicas dos jogos de GBA e mesmo assim tem uma das, se não a
melhor, trilha sonora da franquia nos jogos, mas eles escolheram as musicas
mais normais, fracas da série Tag Force para utilizar aqui, fora que não
utilizaram a imagem do Judai/Jaden da 4º Temporada do anime, que seria a do Tag
Force 3, deixando o personagem desatualizado, como exemplo de não pegarem a
melhor imagem pro jogo também.
Sabendo disso e na época tendo acesso a simuladores como
“YGOPRO” e outros jogos oficiais melhores feitos, é difícil que um fã tenha
interesse nesse jogo, mas eu comprei ele, joguei e tive uma experiência até que
agradável com ele, seguindo uma certa visão que percebe durante a jogatina, que
seria a seguinte:
O jogador é um personagem original do jogo e possui um deck
inicial “comum”, mas efetivo para o jogo, não possui cartas muitos famosas ou
associadas a nenhum personagem da franquia e... isso é interessante!
![]() |
O Personagem Original do Jogador |
Diferente de Pokémon, por exemplo, onde por mais que associemos Pikachu com o Ash/Satoshi, que todo Meowth é igual o da Equipe Rocket, naquele universo, existem milhares de Pikachus, Charizards, Meowth, etc... Inclusive no próprio anime é mostrado um Meowth do personagem Tyson vencendo o Pikachu de Ash como sendo um Pokémon muito forte e habilidoso, diferente do da Equipe Rocket, porém o meu ponto é que em Yu-Gi-Oh!, as cartas não são tão comuns assim, o Dragão Branco de Olhos Azuis é dito como tendo apenas 4 copias no mundo, sendo 3 de Seto Kaiba e uma de Sugoroku Mutou, que foi rasgada por Kaiba, somente Yugi utiliza o Mago Negro (O Personagem Pandora utiliza uma copia falsa), o Dragão Negro de Olhos Vermelhos, Dragão Bebê e Mago do Tempo são cartas do Jonouchi (GX meio que ignora isso com o Dragão Negro, mas eles fizeram uma copia do Rá, então é meio estranho como o estúdio NAS tratou aquele mundo, mas tudo bem...) e por isso o jogador ter um deck “único” dá uma certa identidade pra nós como “personagem” que nos diferencia dos personagens da franquia.
Esse deck, além de ser único para nós, e a limitação de não
termos as cartas mais famosas e fortes, também ajudam a deixar “aceitável” a
dificuldade em enfrentarmos os decks dos personagens do anime, por que não
teria muita graça se utilizássemos um deck meta contra o Yami Yugi, pois ele
seria derrotado muito rapidamente e isso nós leva ao próximo ponto interessante
que eu inclusive citei nos pontos negativos, que é:
Os decks dos personagens: Esse é um dos jogos em que os
decks criados para os personagens me agradam mais, pois me passam muito a ideia
de que estou realmente enfrentando o Yami Yugi, Seto Kaiba, Jounochi, Pegasus,
Etc... Não só por que foram montados utilizando grande parte de suas cartas no
anime/mangá, mas também pelo fato de nosso deck estar extremamente limitado
pelos DLCs e pela Banlist da época, que possibilita a CPU utilizar esses decks
e ainda sim eles serem “desafiadores”.
E é basicamente essa a experiência que me fez “gostar” deste
jogo, a ideia de eu ter um deck “próprio” e poder enfrentar uma simulação dos
personagens do anime/mangá onde sinto a impressão de enfrentar os próprios
personagens, ignorando os erros da CPU (risos), mesmo que acompanhado de várias
limitações pro jogador. É uma experiência muito especifica e dificilmente
agrada muita gente, eu mesmo prefiro ter todas as cartas acessíveis sem a
necessidade de utilizar dinheiro real para obtê-las e criar qualquer deck que eu
quiser, fora a trilha sonora, diálogos, historia, etc... mas não posso dizer
que não tive uma experiência “legal” no meio de tanta “preguiça” que foi feita
neste jogo.
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